Fui com as crianças ao mercado essa semana. Confesso que é uma coisa que eu não faço muito hoje em dia – ir ao mercado com eles. Principalmente para fazer compra do mês. Ainda mais depois de quase dois anos de pandemia. Acabo pedindo muito pelo aplicativo… ou quando vou, vou sozinha.
Adoro andar pelos corredores e ver o que me inspira comer – engraçado, massas e chocolates açucarados são sempre uma inspiração pra mim. Mas de vez em quando o doce aroma de uma ameixa madura também tem o seu encanto.

Enfim, essa semana fiz a lista e fui com os três. E achei curioso o quanto o ato de fazer compras pode dizer tanto sobre a gente.
Por exemplo. Meu filho, Simon, é prático e metódico. Segue a lista a risca, e na ordem para não se perder. Já sabe o que funciona bem em casa e quer se manter no plano, não importa o que aconteça. Além disso, é do tipo que estoca para o inverno. Adoramos biscoitos de arroz? Pega quatro.

A maior tragédia contratempo que pode acontecer com ele é se algo faltar. Aí é o fim do mundo. O plano precisa ser seguido a risca.
Já Stella é menos seletiva e mais emocional. No minuto em que pisamos no mercado, ela esquece completamente que temos uma lista a seguir. Por ela, faríamos compras de forma intuitiva. Deu vontade? Leva. A embalagem fez você sentir um quentinho no coração? Leva! Para ela, todos os alimentos merecem um lugar ao sol, principalmente os que tem alguma boa lembrança por trás.

É como se ela acreditasse que comer essas comidinhas memoráveis vai teletransportá-la de volta àquele momento sublime, e ela quer compartilhá-lo com a família. É fofo, se você pensar.
Ainda bem que em casa não temos televisão, senão ela iria querer comprar tudo o que aparece nas propagandas.
Já a Lea é um perigo. Pequena e sagaz, ela parece uma borboletinha desaparecendo entre os corredores do mercado – e me deixando maluca. Ainda sem muito filtro sobre certo e errado (será que todas as crianças são assim? E a gente vai lapidando?), ela simplesmente enfia no carrinho tudo o que quer, sem nem perguntar. E o que ela quer envolve, sempre, muito açúcar.
E embalagens cor de rosa.
Preciso tirar metade do carrinho quando já estou passando as coisas no caixa.

Felizmente a mocinha que me atendeu nesse dia foi gentil e bem humorada.
No fim, gastamos mais do que o previsto, levamos muito mais tempo do que o necessário, e a palavra que eu mais falei foi NÃO – a própria chata de galocha. Mas fazer o que? “Limites são necessários”, dizem…
Pelo menos estamos estocados! E com bastante água de coco na despensa…
Adorei
Parece que estou vendo eles
De: Filhos em Quadrinhos Enviada em: terça-feira, 18 de janeiro de 2022 11:41 Para: mauricio@microdont.com.br Assunto: [New post] O que o nosso jeito de comprar diz sobre nós?
Debora posted: ” Fui com as crianças ao mercado essa semana. Confesso que é uma coisa que eu não faço muito hoje em dia – ir ao mercado com eles. Principalmente para fazer compra do mês. Ainda mais depois de quase dois anos de pandemia. Acabo pedindo muito pelo aplicativ”