Já ouviram falar na Porquinha Peppa? É um desenho animado que passa no Discovery Kids sobre a vida de uma porquinha e a família dela. Cada episódio dura 5 minutos e é muito muito fofo.
Meu filho teve sua iniciação nesse desenho em uma das vezes que foi dormir na casa da avó (onde a TV é liberada 24hs/7dias), e me fez entrar no youtube atrás da tal da Peppa para assistir com ele. (Quem quiser ver, da uma olhadinha nos vídeos dela aqui)
Enfim. Agora podemos ir à história deste post.
Estávamos na fazendinha. Aliás, ir na fazendinha é um programa que a gente adora fazer aqui em casa. Meu filho fica enlouquecido com os animais, minha filha acha que está no mundo mágico dos auaus (como mencionei neste post) e todo mundo fica feliz!
Bom. Depois de tirar leite da vaca e andar a cavalo, paramos para ver o cercado dos porquinhos. Tinha um porco bem exibidinho, andando de um lado para o outro, e meu filho se debruçou encantado na grade para observá-lo.
Do nosso lado, tinha uma moça com um menino que devia ter uns dois aninhos. Ela estava explicando sobre a vida dos porcos para ele, toda animada.
PEDRO: (Não responde nada, apenas fica olhando em transe para o porco, com a boca aberta, absorvendo as palavras da mãe)
MEU FILHO: (toda sua atenção é voltada para a tal da mãe, que está falando coisas interessantíssimas acerca do porco)
MOÇA: E o nome dela é Porquinha Peppa, sabia Pedro?
“Ah, pronto! Agora que meu filho vai ficar feliz”, eu pensei. Afinal, ele aaaaama a Peppa.
Mas sua reação foi bem diferente da que eu imaginei.
Em vez de sorrir e ficar contente, ele apontou acusadoramente o seu pequeno indicador para a mãe do Pedro e falou em alto e bom som:
Assustada com a repentina fúria do pequeno menino loiro que há pouco escutava suas palavras tão atentamente, a moça ficou sem reação, olhando do meu filho para o porco, do porco para a plateia, procurando cadê a mãe desse moleque metido e mal educado. Ela estava claramente brava.
E eu, morrendo de vergonha, quis enfiar minha cabeça na terra e sumir.
Meio sem graça, puxei meu filho pela mão e saí com cara de tacho.
Depois expliquei para ele que quando alguém está conversando com o seu filho sobre uma coisa legal, a gente não pode entrar no meio da conversa. E se for entrar, é para falar coisas bonitas, e não feias.
Crianças de três anos e meio são realmente imprevisíveis.