A chegada já é um drama.
Cantando, correndo e carregados até a alma (com o carrinho, os brinquedos de areia, a bola, a bolsa de praia tamanho família – com trocas de roupa, fraldas, lenços umedecidos, comidas e mantimentos, livro, protetor infantil, protetor de adulto, toalhas, tapetinho, água, celular, máquina fotográfica, chupeta, chupeta extra, dinheiro…) chegamos na praia parecendo um camelô.
A areia branca e fofa nos dá as boas vindas emperrando a roda do nosso carrinho. Maravilha!
O jeito é virar de costas e ir puxando-o até a barraca.
Uma vez na barraca tudo fica mais fácil. Espalhamos os brinquedos no chão, tiramos os chinelos, abrimos as cadeiras e estendemos as toalhas.
E então, vamos para o drama do protetor solar.
Desespero total. Quem é mãe sabe do que eu estou falando. Malditos raios UVB e UVA.
Agora, finalmente estamos prontos para curtir a praia. Cada um de sua maneira: seja catando conchinhas, brincando com os baldinhos, ou comendo areia.
Qualquer atividade que ninguém saia chorando ou machucado é válida. A gente joga bola e frescobol, faz castelos gigantes e buracos bem fundos. Entra no mar, sai do mar, persegue os pássaros, escreve na areia, corre de um lado pro outro….
Fazer academia? Pra quê???
Então, quando todos já estamos exaustos e eu preciso descansar urgente, aparece o salvador da pátria. Um sorveteiro!!! Decido que dessa vez vou comprar um picolé para meu filho, assim posso sentar um pouco e relaxar enquanto ele se lambuza inteiro.
Vários sorveteiros já passaram por nós hoje. Acho que eles passam mais ou menos a cada dez minutos.
Então, a cada dez minutos meu filho pergunta “Agora pode sorvete, mamãe???”
E eu, por minha vez, a cada dez minutos respondo “Ainda não, filho”
São muitos NÃOS por dia. Por isso fico feliz de finalmente comprar pra ele.
Ele demora para terminar o sorvete, então dá até para ler um pouco enquanto ele come.
Por fim, sempre tem aquela hora na praia em que meu filho precisa fazer xixi.
Faz parte, são necessidades fisiológicas que também surgem durante um dia de praia. Inúmeras vezes, por sinal. Acho que em casa ele não vai tantas vezes ao banheiro quanto ele vai na praia.
Bom, mas em vez de fazer no mar disfarçadamente como toda criança, meu filho sai da água, abaixa a sunga e vai correndo atéééé a entrada da praia, onde tem um gramado.
São mais ou menos 300 metros de corrida.
Nessa hora eu finjo que não o conheço. Que nunca vi esse menino na minha vida. E aguardo o seu retorno observando-o pelo o canto do olho.
“Tem que fazer na graminha mamãe, é feio fazer na água que tá todo mundo nadando”.
Então tá. Ele tem uma certa lógica né?
Nesse dia de praia aconteceram muitas coisas. Algumas engraçadas, outras desesperadoras… algumas situações hilárias, outras divertidas.
No fim da tarde levantamos o acampamento (parece que nossos pertences se multiplicaram durante o dia. Incrível) e voltamos para casa cobertos de areia, exaustos e com fome.
Mas felizes.
Excelente!!
Você estava presente nesses passeios né mãe? Sabe do que eu estou falando =)