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A Magia dos Estados Unidos

Era uma linda tarde de verão, e decidimos visitar o Miami Children’s MuseumQue, por acaso, é um lugar super bacana, vale a visita!! Tem mil coisas educativas, experimentos, brinquedos… tudo separado por salas temáticas: sala de bombeiros, de navio, de pet shop, de dinossauros… e eles podem entrar, explorar e brincar. Para as crianças e para os adultos é um lugar incrível!!

Bom, estávamos no meio da sala de pescaria quando o meu pequeno pediu para ir ao banheiro.

Deixamos nossos peixes-falsos no balde e fomos.

O banheiro de lá é normal, não tem nada de diferente. Privadas são privadas, lixeiras são lixeiras, e pias são pias (afinal, apesar de tudo, americano faz suas necessidades igual brasileiro, né?) Então…

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Aí eu procurei o raio do botão da descarga. Mas não encontrei nenhum.

Será que era isso aqui… ou talvez do outro lado…?

miami 2Sim, pensei comigo mesma, vai ficar aí. (O que fazer quando seu filho já tem idade suficiente para avaliar e criticar suas ações? Complicado né.. mas isso é assunto para outro post)

Nos viramos para sair do banheiro, e de repente a privada ganhou vida própria e fez um barulho de descarga.  A água começou a surgir e o tal xixi foi embora.

Então eu pensei com meus botões “Ah, esqueci que podia ser descarga por sensor. Idiot”

Mas meu filho, encantado, abriu um sorriso de orelha a orelha e disse:

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Tão pequeno e já seduzido pelos EUA…

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Porque a vida é assim

Crianças soltam pérolas. Fato. Pérolas, diamantes, às vezes umas bijouterias.

E semana passada meu filho soltou uma dessas. Era um daqueles dias nublados, feios, e estávamos nós dois brincando de lego. Eu e ele, porque a bebê estava dormindo tranquilamente numa de suas rápidas sonecas vespertinas. (Eu não sei o que acontece com essas sonecas que duram só quarenta minutos. Não dá tempo de nada!)

Já tínhamos lido duas histórias, comido uma maçã cortada, e pintado no caderno de desenho.

Ele já tinha aberto a gaveta de roupas, pego todos os seus chapéus de praia e colocado na cabeça, formando uma pilha. Não entendo muito bem o porquê, mas as vezes ele faz isso e fica dançando em frente ao espelho.

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Bom, ok. Meninos de três anos fazem coisas estranhas.

Depois da tal dança, fomos brincar de lego. Montamos uma linda fazendinha e colocamos vários bichinhos e plantas de plástico. Ficou o máximo!

EU: Filho, vamos colocar o barco no rio?

FILHO: Não mãe, deixa ele aqui no chão do lado da vaca.

E o barco ficou lá no gramado. Do lado da vaca. Quando tinha um rio tão lindo esperando…

Mas a imaginação é dele, né? Não posso me intrometer. E ele nem deixa.

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E nem um milímetro pra direita a mais. Hm, tá legal então.

Então paro de brincar (já que eu faço tudo errado, mesmo) e fico observando-o mexer nas pecinhas e fazer sons de bichos da fazenda. Tão pequeno e inocente nesse mundo…

EU: Filho, vem aqui me dar um beijo? Rapidinho…

FILHO: Agora não mãe, você tem que esperar.

EU: Ah, mas eu queria um beijo agora meu amor… Por que tem que esperar?

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Ah… então tá. Entendeu?

A vida é assim. Tem que ter paciência.

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Praia com Filhos

A chegada já é um drama.

Cantando, correndo e carregados até a alma (com o carrinho, os brinquedos de areia, a bola, a bolsa de praia tamanho família – com trocas de roupa, fraldas, lenços umedecidos, comidas e mantimentos, livro, protetor infantil, protetor de adulto, toalhas, tapetinho, água, celular, máquina fotográfica, chupeta, chupeta extra, dinheiro…) chegamos na praia parecendo um camelô.

A areia branca e fofa nos dá as boas vindas emperrando a roda do nosso carrinho. Maravilha!

O jeito é virar de costas e ir puxando-o até a barraca.
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Uma vez na barraca tudo fica mais fácil. Espalhamos os brinquedos no chão, tiramos os chinelos, abrimos as cadeiras e estendemos as toalhas.

E então, vamos para o drama do protetor solar.

praia protetor

Desespero total. Quem é mãe sabe do que eu estou falando. Malditos raios UVB e UVA.

Agora, finalmente estamos prontos para curtir a praia. Cada um de sua maneira: seja catando conchinhas, brincando com os baldinhos, ou comendo areia.

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Qualquer atividade que ninguém saia chorando ou machucado é válida. A gente joga bola e frescobol, faz castelos gigantes e buracos bem fundos. Entra no mar, sai do mar, persegue os pássaros, escreve na areia, corre de um lado pro outro….

Fazer academia? Pra quê???

Então, quando todos já estamos exaustos e eu preciso descansar urgente, aparece o salvador da pátria. Um sorveteiro!!! Decido que dessa vez vou comprar um picolé para meu filho, assim posso sentar um pouco e relaxar enquanto ele se lambuza inteiro.

Vários sorveteiros já passaram por nós hoje. Acho que eles passam mais ou menos a cada dez minutos.

Então, a cada dez minutos meu filho pergunta “Agora pode sorvete, mamãe???”

E eu, por minha vez, a cada dez minutos respondo “Ainda não, filho”

São muitos NÃOS por dia. Por isso fico feliz de finalmente comprar pra ele.

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Ele demora para terminar o sorvete, então dá até para ler um pouco enquanto ele come.

Por fim, sempre tem aquela hora na praia em que meu filho precisa fazer xixi.

Faz parte, são necessidades fisiológicas que também surgem durante um dia de praia. Inúmeras vezes, por sinal. Acho que em casa ele não vai tantas vezes ao banheiro quanto ele vai na praia.

Bom, mas em vez de fazer no mar disfarçadamente como toda criança, meu filho sai da água, abaixa a sunga e vai correndo atéééé a entrada da praia, onde tem um gramado.

São mais ou menos 300 metros de corrida.

Nessa hora eu finjo que não o conheço. Que nunca vi esse menino na minha vida. E aguardo o seu retorno observando-o pelo o canto do olho.

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“Tem que fazer na graminha mamãe, é feio fazer na água que tá todo mundo nadando”.

Então tá. Ele tem uma certa lógica né?

Nesse dia de praia aconteceram muitas coisas. Algumas engraçadas, outras desesperadoras… algumas situações hilárias, outras divertidas.

No fim da tarde levantamos o acampamento (parece que nossos pertences se multiplicaram durante o dia. Incrível) e voltamos para casa cobertos de areia, exaustos e com fome.

Mas felizes.

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Férias pra que te quero

E para a alegria de uns e desespero de outros, chegaram as férias!!!

Isso significa de 24 horas por dia com os pimpolhos em casa (ou no parque, na praia, no zoológico… onde a sua imaginação e paciência te levar!!)

Ah, e onde o clima permitir, né?

Com esses primeiros dias chuvosos, a gente inventou vários jogos em casa: lego, quebra cabeça, memória, bingo, dominó…

E quando acabou minha criatividade, nós convidamos amiguinhos pra brincar com a gente (sempre uma boa saída!)

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Teve um dia que choveu tanto que resolvemos ir ao shopping ouvir a contação de história da Livraria da Vila. A historinha foi divertida, dramatizada com fantoches e violão. Durou meia hora.

Mas depois que acabou, foi um perrengue tirar meu filho de lá. Ficamos até escurecer na seção infanto-juvenil. Minha filha já estava esfomeada, tadinha.

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Mais para o final da semana, o sol decidiu dar o ar de sua graça. E aí deu pra passear bastante!!

Deu pra ir à pracinha tomar uma água de coco. Deu pra ir no Parque da Árvore.

Deu pra ir no Parque da Água Branca ver os cavalos, peixes, cachorros, patos… Aí a gente aproveitou também pra jogar milho para as centenas de galinhas famintas que moram lá.

Meu filho ama fazer isso e fica super empolgado. O problema é que lá realmente tem muitas galinhas.

Muitas mesmo. E elas conseguem sentir o cheiro de comida a quilômetros de distância. Então de repente tinha uma penca de galinhas amontoadas em cima da gente.

Deu medo. Eu achei que elas fossem nos atacar. ferias 4

Mas no fim deu tudo certo!

Bom, depois dos passeios, a gente aproveitava as tardes pra brincar de fazer arte em casa: massinha, giz de cera, colagem, canetinha. Nos dias que eu estava mais desencanada deu até para fazer pintura com tinta.FERIAS 3

E como a energia dessas crianças não tem fim, nós brincamos de pega pega. De boliche. De pirata da perna de pau.

Brincamos também de esconde esconde. Quinhentas vezes.

E ele se escondeu SEMPRE no mesmo lugar.

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A gente foi no clube e no ateliê de artes. Brincou de corre cotia. Jogou bola e pingue pongue…

Ah, férias… um conceito bastante relativo…

Férias exatamente pra quem?

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Hoje é dia de Vacina

Hoje foi dia de vacina aqui em casa. Com inverno e a onda de gripe suína chegando, tivemos que ir nós três para o centro de vacinação, eu, meu filho e minha bebê.

Acordamos, tomamos café da manhã e descemos para o carro. Eu já fui psicologicamente preparada para o choro e o drama, e com a bolsa equipada com o kit-vacina (balas, chocolates, brinquedos e chupetas extras).

Acho que meu filho não entende muito bem o que Dia de Vacina significa. Porque ele foi andando até o carro assim:

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Ai que dó..

Meu filho tem suas fases de bichos de pelúcia (como já comentei aqui). E o bicho de pelúcia dessa semana é a Galinha Pintadinha, que ele resgatou do armário de brinquedos. Ela nos acompanharia nesse dia de vacina.

Chegamos no Centro e ele foi correndo brincar com os brinquedos da sala de espera, enquanto eu passava a ficha com a médica. Como sempre, ela gentilmente me lembrou que eu estava com a segunda dose deles atrasada.

Finalmente chamaram nosso nome e lá fomos nós. Primeiro eu (que até que me comportei bem), depois ele (que nem chorou!), e por fim, a bebê, que chorou inconsolavelmente, se sentindo traída.

Foi de partir o coração.

Nos despedimos da enfermeira elogiando a performance do filho que ‘lindo nem chorou, que meninão!’. Estávamos indo embora quando ele vira para ela e fala:

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Ai meu D’us… era só o que faltava.

Por sorte ela foi muito gentil e entrou na brincadeira dele:

MOÇA: Claro. Senta ela aqui na cadeirinha.

FILHO: Eu não quero que ela fique dodói.

A simpática moça pegou uma nova seringa, abriu, fingiu que deu vacina no bumbum da galinha, e colou um band aid redondinho no local.

MOÇA: Pronto. Agora ela tá vacinada também.

É tão bom quando gente legal aparece no nosso dia a dia =)

Voltamos para casa casa todos vacinados e contentes. Agora, só daqui a 6 meses.

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Batman Begins

Sempre que via pais e mães acompanhados de crianças fantasiadas em shoppings ou supermercados, ficava me perguntando se algum dia eu também sairia com meu filho assim.

Aparentemente esse dia chegou.

Agora não tenho mais um filho e uma bebê. Tenho um Batman e uma bebê.

batman!

Ele encarna o personagem e me chama de SENHORA. Não sei da onde tirou essa formalidade toda, mas é muito engraçado de ver.

Além disso, ele é super solícito quando está encarnando o Batman. Posso pedir qualquer coisa.

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Ele corre para me obedecer, fazendo sons de vôo e bombas e explosões. E volta todo contente com cara de missão cumprida.

O Batman tem sido muito útil também para fazer meu filho realizar as tarefas do dia a dia.

EU: Batman, você pode chamar o meu filho para tomar banho? A banheira já está pronta.

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Aí ele some no corredor e dez segundos depois reaparece na versão “filho”.

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Ai meu D’us, e agora? Onde será que o Batman se meteu?

Meu filho me ensinou muitas coisas sobre o Batman nesses últimos dias: Que ele tem outro lugar pra dormir. Não é na cama, é no sofá. E ele dorme com máscara e com capa. O Batman não precisa comer porque é super herói, então nunca tem fome. É mais forte que o mundo inteiro junto. E ajuda as pessoas.

Tudo isso começou quando ele ganhou a máscara e a capa de Batman do meu tio. Ele amou e agora não tira mais.

Aos pais que já passaram por isso, me ajudem com uma questão: algum dia meu filho voltará ao normal? Estou verdadeiramente preocupada..

(e outra coisa, o que o Batman faz exatamente? Ele voa? Tem poderes mágicos? Não entendo nada de super heróis…)

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O regador e a flor

Esta semana tivemos um “domingo letivo” na escola. São aqueles domingos que acontecem uma vez por semestre, onde as professoras fazem uma exposição com os trabalhinhos dos alunos para os pais verem o que eles estão aprendendo por lá.

Além disso, na escola do meu filho, elas também organizam vários stands com atividades artesanais para fazermos com as crianças. Tinha muitas coisas bacanas: montar um travesseiro, pintar uma sacola, decorar um sabonete…

Mas minha atividade preferida foi colar selinhos num regadorzinho de plástico e ‘plantar’ uma florzinha dentro de um vasinho (achei esse trabalhinho bem completo: educativo, simples de fazer, que as crianças demoram pra terminar, e não suja a roupa)

Depois de passar por todas as oficinas, juntamos nossos novos pertences artísticos e voltamos pra casa, cansados e satisfeitos com a manhã que tivemos. Super empolgados com a nova plantinha amarela.

FILHO: Vai ficar no meu quarto tá mãe?

EU: Aham, tá bom filho.

FILHO: Porque aí todo dia de manhã eu vou cheirar.

EU: Tá legal.

Chegando em casa, eu fui dar de mamar.

E quando eu voltei…

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E provavelmente eu não quero nem saber…
Ai meu D’us…. O que foi???

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Ai que legal. Bacana.

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É tudo culpa dos pinguinhos, porque eles não paravam de cair na mesa.. que coisa!! (A lógica de uma criança de três anos é fantástica)

Tadinho. Os olhinhos ansiosos de culpa dele cortaram meu coração. Deu vontade de falar “Não tem problema, meu amor!!! Vem ganhar um chocolate, vem!!! E deixa que eu cuido de tudo”

Mas em vez disso, acionei o modo ‘mãe responsável’ e disse:

EU: Filho, não tem problema. Mas você molhou, você vai ter que secar. Eu só vou te ajudar um pouquinho. – (tradução: eu vou fazer todo o trabalho enquanto você finge que me ajuda.)

FILHO: Ta bom mamãe, vou pegar uma toalha.

Vou até a área de serviço pegar um rodo e um pano de chão e quando volto, ele está esfregando o chão com uma toalhinha bordada (daquelas que a gente ganha de casamento, pra deixar no lavabo, sabe?) tentando secar a água e a terra.

Acho que ele não entende direito o conceito de SECAR. Porque ele está espalhando toda a água pelo chão da sala.

Mas tudo bem, ele parece tão contente consigo mesmo que em vez de tentar ensiná-lo, (ou reprimi-lo por usar a toalhinha bordada) dou um  suspiro profundo e termino de secar a água que ele espalhou.

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No fim, colocamos tudo na pia e a planta ensopada na área de serviço.

Mais uma planta que não deu certo.. e mais um domingo cheio de novas experiências.

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Estamos engatinhando!!

Acho que ainda não comentei por aqui a grande novidade das últimas semanas: a nossa bebê começou a engatinhar. Eee!! \o/  \o/ \o/

Foi de uma hora pra outra: um belo dia ela acordou e, depois de fazer o maior esforço para se arrastar, percebeu que conseguia se mover melhor com as perninhas e os bracinhos trabalhando juntos.

E pronto! De repente ela estava engatinhando, sozinha, independente… #orgulhodamamãe.

Mas… isso significa que agora tenho dois seres móveis aqui em casa. Que se locomovem sozinhos. Pra cima e pra baixo.

E um deles é completamente sem noção.

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Sim. Ela desarrumou a última gaveta da cômoda dela. Jogou todos os bodies e calças no chão. Tive que colar a gaveta com durex para dificultar sua abertura.

Quem mais está curtindo essa nova fase é meu filho. Ele fica brincando de chamá-la pela casa, e se ela não vai ele fica inconformado.

FILHO: irmãzinha??? Aqui, olha!! Veeeem?? Vem? Vem…

Passa alguns segundos e ela não vai. Isso porque ele foi até o quarto dele e está gritando de lá.

A bebê está comigo no tapetinho de brinquedos da sala, nem percebendo que ele está falando com ela. Na verdade, ela parece mais distraída com o tênis que ele deixou jogado quando chegou da escola.

Tiro o tênis imundo sujo das suas mãozinhas e me levanto com dificuldade (gente, sou só eu que demoro pra levantar do chão?? Depois dos filhos parece que eu perdi um pouco a agilidade..) vou ao encontro dele e explico:

EU: Filho, ela está lá na sala. Não é assim que funciona, amor, tem que ir mais pertinho dela, ela tem que te ver…

FILHO: Ah. Tá bom. – Ele responde desanimado.

Mas logo se empolga de novo com uma brilhante ideia: “Então vou jogar bola pra ela pegar.”

Não sei da onde ele tirou essa. Ele está achando que a menina é um cachorrinho, coitada.

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E novamente ela não vai, porque está muito mais interessada no outro tênis sujo de areia. (Ela tem um faro pra achar coisa suja… estava há horas procurando esse outro pé)

Meu filho fica desapontado por ela ainda não reagir muito às brincadeiras dele. Então depois de um tempo ele desiste e vai brincar com suas coisas. E aí que o bicho pega. É só ele deixar de dar atenção para ela que a bebê passa a achá-lo muito interessante.

E em questão de minutos todo aquele clima fofo e fraternal se transforma num campo de guerra.

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(Ela atrapalha porque naturalmente ainda não aprendeu a fazer uma grande fila de carros ou inventar uma história de bombeiros-piratas-mágicos com os bonecos.)

E se eu não sou rápida em resolver a situação (se estou no telefone, ou no banheiro, ou na cozinha preparando o lanche) o caos se instaura. E acaba em choro e gritaria.

Porque meninos de três anos são impacientes.

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E isso acontece todo dia. Algumas vezes por dia.

=) =)

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5 coisas que eu não sabia sobre bebês

1- Tem uma fase em que os bebês se descobrem

Lembro da cara da minha filha quando ela nasceu. No meio de uma sala de hospital, com um monte de gente olhando pra ela. Ela ficou parada, com os olhos arregalados, tipo “O que aconteceu??” Tadinha, dá pra entender né. Ela morava apertadinha e quentinha dentro da barriga, onde só existia ela. Aí de repente, saiu e veio para um lugar enorme, frio, cheio de gente.

Acho que o mundo para um recém nascido é uma coisa estranha. Eles não entendem a dinâmica das coisas, nem sabem que nasceram. Eu li no site do babycenter que depois de algumas semanas fora do útero eles começam a descobrir o próprio corpo e as próprias capacidades.. E se a gente prestar atenção dá pra perceber que eles estão se descobrindo. É muito fofo!! Descobrem que podem chorar, descobrem que podem se mexer… Descobrem que tem braços, mãos, dedos..

Quando minha filha descobriu a mãozinha eu e meu marido achamos ela super gênia!! Tipo UAU!!!! Ela estava olhando para o teto, pensando na vida (daquele jeito que os bebês ficam, meio brisando) quando de repente levantou a mão e começou a mexer pra cima e pra baixo. Aí notou o movimento dela, maravilhada.

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2- Bebês odeiam não curtem muito o berço

Não importa o quanto você caprichar na decoração do quarto, nos protetores de berço, nos móbiles e enfeites. Não importa que você ficou meses para decidir qual berço comprar – o listradinho, o romântico ou o liso?? – e onde seria o melhor lugar para colocá-lo. Eles tem uma fase em que simplesmente odeiam o berço.

Lembro que quando minha bebê era menor ela dormia muito.. Mas como a grande maioria dos bebês dessa idade, ela não sabia ao certo quando ou onde deveria dormir.

Acabava sempre dormindo na pior hora e local possível. E muitas vezes no colo. E aí eu ficava parada, sem poder me mexer, com ela dormindo profundamente nos meus braços.

dorme no sofa

Depois de uns dez minutos sentada praticamente sem respirar, eu tinha a péssima brilhante ideia de colocar ela no berço. Então me levantava, com o maior cuidado, prendendo o ar para ela não acordar, e andava até o quarto pisando na ponta dos pés.

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Então eu me inclinava para deitá-la no seu cantinho rosa. Concentradíssima, porque sei que a transição do colo para o berço é o momento que exige maior foco.

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Mas era tiro e queda.

SEMPRE que ela tocava no colchão ela instantaneamente abria os olhos e começava a berrar. TODA VEZ.

3- O preço do brinquedo é proporcional ao desinteresse do bebê

Quanto mais caro o brinquedo que você der para o seu bebê, menos ele vai se interessar. Descobri isso quando ela tinha uns três meses e começou a colocar tudo na boca. Tipo, tudo MESMO. Desde mordedores caríssimos da Fisher Price até embalagens de salgadinhos e notas fiscais. Os carrinhos e bonequinhos do seu irmão mais velho também são alguns de seus alvos prediletos. Mas os descartáveis com certeza ganham. Caixas de papelão, papéis de embrulho, embalagens, fitas do presente.

Lembro de quando meu avô veio nos visitar e deu de presente pra ela uma bonequinha super fofa, daquelas My First Doll. Eu fiquei super contente com a boneca porque a maioria dos brinquedos da minha bebê são ex-brinquedos do irmão mais velho (tadinha, mal de segundo filho..!)

Empolgada, desembrulhei e entreguei pra ela sua nova companheira. Mas adivinha? Ela nem quis saber da boneca. O que ela sim amou foi o papelão da caixa de embalagem.

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A caixa ficou em casa por duas semanas junto com os brinquedos dela. Aí eu joguei fora, né?

4- Enquanto isso, o interesse do bebê por eletrônicos (principalmente pelo celular da mãe) é proporcional ao seu custo.

Quanto mais caro e mais tecnológico o artefato, mais seu bebê vai querer brincar com ele. O “mordedor” preferido da minha filha é com certeza o meu iPhone…

5- Eles sempre fazem “número dois” na hora mais inconveniente possível

E de preferência, quando você estiver com pressa.

Por exemplo: Quando você está parada no carro no meio da estrada congestionada. Ou bem naquele dia que você saiu sem fraldas extras e lenços umidecidos. Ou quando você está atrasada para a consulta com a pediatra.

Ou quando você está na porta de casa, pronta pra sair. Aí eles fazem aquela cara de concentração, ficam vermelhos e começam a fazer força. É uma cena inspiradora…

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Bom, tem mais coisas que eu descobri sobre bebês. Mas não cabe tudo em um post só, porque depois fica muito longo e ninguém quer ler até o final… depois vem a parte dois =)