Nessas férias fomos viajar para a praia. Que delícia!
Mas para chegar ao nosso destino seriam necessárias mais de duas horas de vôo. De avião. Com uma criança de um ano e uma de quatro.
Quem já pegou avião com filhos sabe como funciona: seres pulantes, enérgicos, felizes e curiosos… que devem permanecer sentados com os cintos afivelados.
Não é uma experiência das mais simples. Vou tentar descrever aqui como é – ou pelo menos como foi para mim.
Bom, tudo começou em casa vááários dias antes, com a contagem regressiva. Fizemos uma folha e riscamos todo santo dia, até chegar o dia da viagem.
Meu filho estava empolgadíssimo com a parte do avião.
Ele achou que íamos sair de casa e já levantar vôo, pobrezinho. Mal colocamos as malas no carro e saímos da garagem, ele começou a perguntar:

E foi assim o caminho inteiro.
Ele não esperava pela uma hora de trânsito até o aeroporto, mais uma hora e meia de fila no check-in (final de ano, bagunça, greve.. enfim. Não tinha fila preferencial).
E muito menos pelo drama do sensor de metal.
Nessa hora, papais e mamães, a gente senta e chora.

EU (sabendo que é de praxe fechar o carrinho e tal): Ai moça… minha filha tá tão tranquila aqui. Não tem jeito, não?
Não, não tinha jeito.
E para piorar, nosso carrinho estava carregado com toda a tralha que trazemos para o avião (malas de mão, comidas, casacos extras, etc.)
Bom, tiramos toooooda a tralha. Aí tiramos a minha filha. Fechamos o carrinho, passamos o carrinho, re-abrimos o carrinho, colocamos a criança de volta. Ela, obviamente, não quer mais ficar lá sentada e faz escândalo.
Gente, o que eles acham que eu vou esconder num carrinho de bebê? Armas? Líquidos? Explosivos? Antraz?
Enfim.
Depois de todo esse processo, era só esperar chamarem pelo nosso vôo.
Esse tempo de espera foi constituido basicamente de brincar/distrair/correr com as crianças de um lado para o outro do aeroporto até chamarem o número do nosso vôo naqueles alto falantes.
Quanto mais tempo de espera, maior vai ter que ser a criatividade dos pais. O vôo não pode atrasar!

Entrando finalmente no avião, nos esprememos nos nossos três assentos. Separo os itens que são absolutamente necessários para a viagem (ou seja, tudo) e guardo o resto da bolsa enorme no guarda volumes.
Meu filho estava em êxtase.
Em pouco tempo ele já descobriu a luzinha de leitura, o ar condicionado regulável, a janela que abre e fecha, e a mesa que desce e sobe.

Minha filha, contagiada pelo irmão, também entrou num estado de empolgação máxima.
Decolamos!
E para minha surpresa, a primeira hora de vôo passou maravilhosamente bem! Minha filha não demorou para cair num sono profundo. Meu filho ficou fazendo atividades no caderno de passatempos que comprei pra ele.
Aí veio o fatídico:

Clássico.
O pai levou, enquanto eu continuava segurando minha filha adormecida.
Eles demoraram para voltar, pois acabaram parando para brincar no corredor. Meu filho fez amizade três cadeiras para frente, com uma menininha chamada Daniela que tinha uns brinquedos legais.
Minha filha acordou, como quem sente a ausência do irmão, e também quis passear.
Eu e meu marido nos revezamos para levá-los pra frente e pra trás no corredor espremido. Graças aos céus percebemos que nossos filhos não eram os únicos inquietos no avião: a maioria das crianças já não aguentava mais. Um bebê até chorava lá no fundo.
Em poucos minutos já conhecemos grande parte dos passageiros: A senhora que pacientemente pegava o chapéu do meu filho cada vez que ele jogava pra ela. O senhor que dava biscoito nas fileiras do fundo. E a moça atrás de nós que gentilmente fingia “se assustar” cada vez que minha filha fazia “BU” pra ela (o que foram MUITAS vezes. Quando eles começam a dar susto eles não param mais né???)

Foi um looooongo vôo.
Por fim a aeromoça anunciou o pouso e chegamos ao nosso destino.
Pegar as malas e sair do aeroporto é outro perrengue, gente. Vai ficar pra um próximo post. Ou para a imaginação de cada um! =)
E você? Já pegou avião com seus filhos?