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Como é sair de casa

Às vezes a gente sai de casa. Sabe? Pra passear, ou ir pra escola, para o supermercado… Enfim.

O negócio é que… o processo todo, desde o “vamos sair de casa??” até sairmos de fato, demora.

Quem tem filho, sabe.

Primeiro a gente se certifica que está todo mundo vestido, limpo, alimentado, com sapato no pé.

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Aí eu preparo a bolsa com coisas que podem ser úteis para eles. No meu caso, são coisas tipo fralda, lenço umedecido, água (vai que eles tem sede?), lanche (vai que eles ficam com fome?), casacos (porque esse clima de São Paulo ninguém merece), chupeta (salva vidas para hora do aperto).

Eu sei que fico andando pela casa feito barata tonta.

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Aí eu preparo a MINHA bolsa né? Porque mãe também merece. Celular? Check. Carteira? Check. Chiclete? Gloss? Lixa de unha? Enfim, cada mãe com sua loucura.

Nisso meus filhos já se sujaram (com lapis de cor, com água, com massinha, com lego.. com seja lá o que eles estão brincando. É uma capacidade impressionante que eles têm de se sujar.)

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Ok, troca a blusa. Sem stress.

Finalmente, tudo em mãos, chega o momento “se-eu-não-sair-já-eu-não-saio-mais”. Consiste em eu parar na frente porta de entrada da casa e berrar “CRIANÇAS TO NO ELEVADOOOOR. ELEVADOOOOR, VAMOS DESCER”.

Nessa hora eles até que ajudam. Vêm correndo, bonitinhos.

Entramos no elevador, descemos.

E é lógico que assim que chegamos na garagem, meu filho…

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Ai ai ai..

Mas aprendi a ter fé.. muita fé. No fim das contas, a gente sai de casa todo dia!! =D

E por aí? Também é uma novela pra sair de casa?

 

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Onomatopéia

Uma tarde ensolarada qualquer…

FILHO: Mãe, você sabe o que é onomatopéia?

Essa é nova!! Da onde ele tirou??

EU: Não filho, o que é?

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Ai que fofo!!

Derretida, quero que ele continue explicando sobre essa figura de linguagem do nosso bom português. Então sigo com as perguntas:

EU: Como assim filho?

FILHO: Assim, por exemplo, a vaca faz MU né?

EU: É…

FILHO: Então a onomatopéia da vaca é mu.

EU: Ah! Entendi!

Aí ele para. Pensa mais um pouco.

E finalmente:

FILHO: A irmãzinha fala muita onomatopéia né?

Hmm….

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Hmm… até que ele tem razão, né??

E seus filhos? Falam muita “onomatopeia” por aí?

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Machucados e Dramas

Ontem meu filho saiu da escola com uma animação desigual. Sempre sai empolgado, mas ontem tinha algo a mais. Ele corre na minha direção com os olhinhos arregalados, um quê de preocupação. E diz:

FILHO: Mãe! Mãe!! Olha meu dodói!

Esticando seu braço e levantando a manga do casaco, lá estava um pequenino arranhão. Do tamanho de um clipe de papel.

EU (fazendo a maior cara de preocupação do mundo): Nossa filho, como você fez isso??

FILHO (em tom solene): Na aula de futebol.

Não preciso dizer que o tal machucado se tornou o assunto do carro durante a volta da escola.

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Chegando na garagem, olhei de novo para o dodói e constatei que não tinha o que fazer. Já estava ótimo, cem por cento cicatrizado.

Mas meu filho ainda estava monotemático.

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Então, quando entramos em casa, só para acalmar os ânimos, levei ele até o banheiro. Passei um creme (qualquer coisa serviria. O importante era passar alguma pomada só para ele sentir que a gente deu importância.)

No caso passamos hidratante Johnson mesmo.

Finalizamos o procedimento com um super band aid do Toy Story.

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Apesar de não querer tomar banho para não estragar o curativo, paciente passa bem.

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Papo de criança

Essa semana recebemos um amiguinho do meu filho aqui em casa.

Nós estávamos brincando felizes, quando ele me conta entusiasmado que foi no teatro da Peppa.

EU: Que legal!! E você gostou?

AMIGO: Sim!! Tinha a Peppa e o George, e eles iam passear e blabbla

EU: Uau que demais!

E virando-me para o meu filho, pergunto

EU: Vamos, filho, no show da Peppa algum dia desses?

Mas meu filho nem me escuta.

Em vez disso, ele se vira para o amiguinho, com um olhar desafiador, e diz:

papo lego bombeiroXii… começou.

AMIGO (entrando na disputa): No show da Peppa tinha um macaco que pulava muito alto!

FILHO: E no show dos Três Porquinhos tinha um lobo mau que pulava mais alto.

AMIGO: Mas no show da Peppa o macaco pulava até o céu.

EU (tentando intervir nessa discussão sem fim): Legal meninos, os dois foram em teatros incríveis e…

Mas ninguém me escuta.

lego bombeiro

FILHO: Sabia que meu pai é muito grande e tem trinta e dois anos?

AMIGO: E o meu pai é muito MUITO grande e tem trinta e quatro anos.

FILHO: E o meu é mais alto que o céu.

AMIGO: O meu é mais alto que a nuvem!!!!

Preocupada, resolvo dar um basta na disputa sugerindo outras brincadeiras:

EU: Ok turminha, vamos brincar de lego? De playmobil? O que vocês querem fazer de legal?

O que eu não devia ter feito, pois só trouxe ideias para uma nova briga.

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Aí temos uma pausa. Em que os dois se olham fixamente. E então:

AMIGO: Ah, deixa eu ver o de bombeiro?

FILHO: Tá bom! Vem comigo!

E os dois saem, felizes da vida, brincar com o lego do Bombeiro.

Como se nada tivesse acontecido.

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Moral da história e aprendizado do dia:

Não se meta em discussão de criança. Porque não fazem o MENOR SENTIDO e você vai se estressar mais do que eles.

Como já dizia o ditado francês (ou sei lá em qual língua) “O juíz das crianças se enforcou”.

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Entre tapas e beijos

Irmãos. Uma relação intensa e complexa… por um lado se amam. Por outro, se provocam o dia inteiro. Sentem ciúmes…

Tem muita coisa pra se falar sobre relacionamento de irmãos: O amor e companheirismo. As risadas a dois. As brincadeiras fofas. A cumplicidade. O carinho.

Mas hoje vou focar em outro tema: as incansáveis disputas por brinquedos.

Porque são incansáveis mesmo. Diárias. Na verdade, ocorrem várias vezes ao dia.

Vamos começar do início:

Logo que minha filha nasceu, eu ainda não tinha nenhum problema nesse quesito…

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Ela era pequena e ficava quietinha no carrinho, admirando seu móbile. Olhando pro teto. Se distraindo com o mundo ao seu redor.

Aí, o tempo passou. Ela começou a sentar, e depois a se movimentar um pouco, devagarzinho, sem muita coordenação.

Não demorou para ela começar a engatinhar.

E foi então que as verdadeiras brigas começaram. Afinal, ela passou a se mover de forma coordenada e ir justamente em direção aos brinquedos que ele estava usando

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O que acabou se tornando o passatempo favorito dela.

No começo, meu filho me chamava para resolver a situação. Na verdade ele gritava. Gritava tanto que parecia que era o Godzilla se aproximando dele, e não um bebê de 8 meses.

A gente tinha o seguinte “combinado”: se ela atrapalhasse a brincadeira dele, ele tinha que me chamar. Não podia empurrar ela. Não podia bater nela. Não podia arrancar os brinquedos da mão dela.

 

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Eu mereço…

E então, devido a minha falta de eficiência em ser rápida o suficiente, em pouco tempo ele desistiu de me chamar e começou a agir por conta própria:

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Ela, por sua vez, rapidamente aprendeu a revidar.

Então hoje, no auge de seus 4 anos e 1 ano e meio, eles brigam de igual pra igual. Até porque ele também adora “atrapalhar” as brincadeiras dela.

Não é uma briga violenta… na verdade é quase amistosa…

Pensando bem, isso é o que eles mais fazem durante o dia: brigar e disputar pelos brinquedos. Eles gostam mais de fazer isso do que propriamente brincar.

Deve ser um código de irmãos sabe? Tipo “Oba!! Vamos brigar por brinquedos e deixar nossa mãe doida!! Yeeey!!“.

Eu imagino que quando eu não estou olhando eles até combinam secretamente as próximas disputas…

Será?

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Posso comer uma bala?

Era um final de tarde qualquer e nós estávamos em casa, brincando.

Meu filho de repente aparece segurando um saquinho de bala de goma, que estava mal escondido na dispensa, e me pergunta:bala 1

Tadinho. Ele estava tão feliz.. mas ja era quase hora da janta.

Então minha resposta, naturalmente, foi:

 

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A carinha de tristeza da um aperto no peito. Mas o que fazer? Nem sempre eles podem ter tudo o que querem.

Ele insiste:

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E eu novamente respondo que não.

Nessa hora, eu aguardo a reação explosiva de sempre. Com direito a lágrimas, a se jogar no chão, etc. Crianças dessa idade costumam ser extremamente escandalosas, como já disse aqui e aqui.

Mas em vez do drama, ele simplesmente me lança um olhar de superioridade e diz:

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E com isso, vira e vai embora.

Educar é preciso… O que fazer nessa situação?

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Post publicado no Minha Mãe que Disse

Oi Gente!! Escrevi esse post para o blog Minha Mãe que Disse. É sobre as crises de pré-adolescência do meu filho… Ou, o chamado terrible twos. Fala sério!

Não sei como é na casa de vocês, mas aqui em casa vira e mexe meu filho passa por fases meio…. temperamentais. Quase uma adolescência precoce (aos 3 anos de idade).

Essa semana tivemos uma dessas crises.

Era uma tarde especialmente quente, e eu tinha preparado um suquinho de laranja pra eles.

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EU: Filho, toma aqui o copo do Mickey pra você e o da Minnie pra sua irmã.

Durante a última semana inteira ele só quis usar o copo do Mickey. Então a conclusão óbvia é que hoje, assim como ontem e anteontem, ele vai querer novamente o do Mickey, né?

Não. Aparentemente hoje ele cansou do copo do Mickey… Ele mudou de ideia sobre o copo do Mickey.

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EU: Tá. Qual você quer?

ELE: Hmmmmmm…….

Fique a vontade. Leve o tempo que quiser para tomar essa árdua decisão.

FILHO: Eu quero o….

EU: Sim????

Nó temos uma extensa coleção de copos infantis aqui em casa. Temos os que foram comprados, os que foram presente da avó, os que vieram de lembrancinhas de aniversário…

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EU: Oooo????

Parece que vamos ficar por aqui um bom tempo…

Como ele não toma uma decisão, resolvo ajudar e tenho a péssima ideia de sugerir o copo do Toy Story.

EU: Olha filho! O Woody é 10!

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O que só piora a situação. Não deveria ter me metido…

Ai minha santa paciência… e agora???

Espero alguns segundos passarem e percebo que ele está se acalmando. Que parou de gritar e sacudir os braços e pernas. O que é um bom sinal. Um ótimo sinal.

Resolvo então oferecer muito delicadamente todos os copos da casa, um por um, até ele se decidir.

EU: O da galinha pintadinha?

FILHO: NÃO!

EU: O do Carros?

FILHO: Nããããooo!!!

EU: O do Ben 10???

FILHO: Hmmmm….

Opa! Acho que é esse!!

FILHO: NÃO!

EU: Não?????

Percebo que ele está pensativo… Então, movendo-se de joelhos pelo chão e falando bem baixinho, ele anuncia o seu eleito:

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O recém jogado, descartado e magoado copo do Mickey.

Dá pra entender essas crianças?

EU: Boa escolha filho… agora vem tomar o seu suco.

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