Tem um bebê em casa

Chegar em casa com a bebê foi um acontecimento muito esperado nessa casa. Bom, lógico, depois de quase quatro anos e meio sem bebê em casa, chegar com ela foi quem nem trazer um ET pra casa. Ou um saco cheio de pirulitos.

Ou uma tarântula.

Sempre me disseram que os mais velhos sofrem com ciúmes, então eu cheguei do hospital super preparada para fazer com que eles se sentissem o mais felizes possível com a nova moradora da casa. Primeiro, entreguei os famosos “presentes que a bebê trouxe” (da onde eles acham que vem esse presente? Do além? Do útero? Que depois de sair um bebê, sai de mim um carrinho de controle remoto e um kit de instrumentos da Peppa Pig? Deixarei essa dúvida no ar porque prefiro não entrar no mérito da questão com as crianças. Uma coisa leva a outra, e não quero que eles me façam MAIS perguntas…)

Aliás, não foi isso o que eles pediram de presente pra quando a bebê nascesse. Quer dizer, foi, mas conforme a gravidez foi progredindo eles foram mudando de ideia a cada mês. No fim minha filha pediu um carrinho de boneca (imaginem ISSO saindo do meu útero) e meu filho – meu pequeno mercenário, vê se pode… – leia mais sobre o tema neste post- pediu 50 R$ (o que pelo menos, pensando por outro lado, é beeem mais fácil de parir né?)

Enfim. Entreguei os presentes. E também algumas balas e pirulitos (como se eu estivesse pedindo desculpa por estar fazendo isso com eles. Tipo: “Filhos agora vocês vão ter que me dividir com uma terceira pessoa… por isso, toma aí uns presentes e doces pra ver se dá uma compensada, e se eu me sinto menos culpada)

Naquele momento funcionou, porque eles ficaram super contentes e excitados. Já minha culpa… Esta me acompanha até hoje, firme e forte. Já virou amiga íntima.

Sentei os dois no sofá de casa e deixei cada um segurar a bebê um pouco. Com todo cuidado do mundo (e rezando por dentro) depositei a pequena trouxinha rosa nos braços deles. Primeiro do meu filho. Depois, nos da minha filha.

Os dois se sentiram grandes e importantes.

FILHA: Posso brincar com ela no meu carrinho de boneca novo????

Por razões óbvias, não permiti. Delicada e gentilmente, afirmei que ela ainda era muito pequena pra brincar no carrinho de boneca. Então eles decidiram que seria uma boa ideia pegar todos os brinquedos de quando eles eram bebês e ficar chacoalhando na cabeça da recém nascida.

Porque com brinquedo de bebê ela pode brincar né?

Só digo uma palavra sobre aquele momento: socorro!!!

Tivemos muitos momentos SOCORRO desde então..

Coitada.

Mas tá dando tudo certo. E o pior é que ela gosta dessa bagunça frenética, é apaixonada pelos irmãos. De vez em quando ela chora porque eles exageram, mas pouco a pouco eles foram aprendendo a dosar as brincadeiras.

E foi assim, no dia a dia, que eles foram aprendendo a lidar com ela. E que eu fui aprendendo a lidar com os três. E que nós cinco fomos sobrevivendo ao primeiro ano da nossa bebê em casa…

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