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Presente de dia dos Pais

Semana passada, véspera de dia dos pais. Sento com os meus filhos para discutir as possíveis opções para o presente desse ano. O que podemos dar? Um sapato? Não.. Um pijama? Já dei ano passado. Um casaco?

Hm. Parece uma ótima ideia, já que eu perdi o casaco que ele adora nas férias de julho. (Não perguntem como. Simplesmente perdi!! Mãe carregada de coisas, um avião lotado, filhos inquietos… enfim. A história fica pra outro post…)

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EU: Eu sei que ele tem casaco. Mas eu perdi um casaco dele esse mês e …

FILHO: Ah mãe, não precisa comprar nada. Eu já estou fazendo um presente na escola.

Ah sim. O presente da escola. Esqueci.

EU: Ah é? E o que é o presente?

FILHO: É um copo. Pra tomar café da manhã.

EU: Que bacana filho. E como você tá fazendo ele? Pintando?

FILHO: Sim. Com tinta. É uma sequencia de listras verde- azul – amarela- vermelha

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EU: Juntos, filho?

FILHO: Sim! Ele vai gostar. Eu também fiz um cartão de camisa com um monte de corações.

De repente me passa pela cabeça: não posso ensinar meu filho a ser consumista né? Se ele quer dar o presente feito a mão, vamos dar o tal presente feito a mão.

Então esse ano o presente de dia dos pais foi um copo. Ou melhor, uma linda caneca de porcelana pintada a mão. Com um cartão de camisa. E também brigadeiros. E desenhos de “melhor pai do mundo” impressos do google e coloridos pelas crianças.

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E é claro, muitos beijos e abraços! E querem saber? Ele adorou. As vezes menos é mais.

(Mas não desisti do casaco. Só adiei um pouco..)

E você? O que ganhou de dia dos pais?

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Como é sair de casa

Às vezes a gente sai de casa. Sabe? Pra passear, ou ir pra escola, para o supermercado… Enfim.

O negócio é que… o processo todo, desde o “vamos sair de casa??” até sairmos de fato, demora.

Quem tem filho, sabe.

Primeiro a gente se certifica que está todo mundo vestido, limpo, alimentado, com sapato no pé.

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Aí eu preparo a bolsa com coisas que podem ser úteis para eles. No meu caso, são coisas tipo fralda, lenço umedecido, água (vai que eles tem sede?), lanche (vai que eles ficam com fome?), casacos (porque esse clima de São Paulo ninguém merece), chupeta (salva vidas para hora do aperto).

Eu sei que fico andando pela casa feito barata tonta.

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Aí eu preparo a MINHA bolsa né? Porque mãe também merece. Celular? Check. Carteira? Check. Chiclete? Gloss? Lixa de unha? Enfim, cada mãe com sua loucura.

Nisso meus filhos já se sujaram (com lapis de cor, com água, com massinha, com lego.. com seja lá o que eles estão brincando. É uma capacidade impressionante que eles têm de se sujar.)

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Ok, troca a blusa. Sem stress.

Finalmente, tudo em mãos, chega o momento “se-eu-não-sair-já-eu-não-saio-mais”. Consiste em eu parar na frente porta de entrada da casa e berrar “CRIANÇAS TO NO ELEVADOOOOR. ELEVADOOOOR, VAMOS DESCER”.

Nessa hora eles até que ajudam. Vêm correndo, bonitinhos.

Entramos no elevador, descemos.

E é lógico que assim que chegamos na garagem, meu filho…

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Ai ai ai..

Mas aprendi a ter fé.. muita fé. No fim das contas, a gente sai de casa todo dia!! =D

E por aí? Também é uma novela pra sair de casa?

 

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Onomatopéia

Uma tarde ensolarada qualquer…

FILHO: Mãe, você sabe o que é onomatopéia?

Essa é nova!! Da onde ele tirou??

EU: Não filho, o que é?

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Ai que fofo!!

Derretida, quero que ele continue explicando sobre essa figura de linguagem do nosso bom português. Então sigo com as perguntas:

EU: Como assim filho?

FILHO: Assim, por exemplo, a vaca faz MU né?

EU: É…

FILHO: Então a onomatopéia da vaca é mu.

EU: Ah! Entendi!

Aí ele para. Pensa mais um pouco.

E finalmente:

FILHO: A irmãzinha fala muita onomatopéia né?

Hmm….

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Hmm… até que ele tem razão, né??

E seus filhos? Falam muita “onomatopeia” por aí?

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As certezas que eles tem

As vezes as crianças chegam com umas verdades absolutas. Umas coisas nada a ver com nada, mas que eles acreditam do fundo do coração deles. Coisas que, por algum motivo, para eles fazem todo o sentido.

Lembro de quando meu filho veio me explicar que o carneiro chama carneiro pois come muita carne.

Eu tentei explicar que o carneiro não come carne, que na verdade ele é um animal herbívoro, que só come vegetais como por exemplo o pasto. Até mostrei fotos de carneiro no google.

Mas não obtive sucesso. Ele continuou convicto de que o carneiro chama carneiro pois come muita carne.

Aí eu desisti, né? O tempo vai ensinar.

Essa semana ele me apareceu com uma nova certeza absoluta.

Eu estava trocando minha filha, quando ele chega correndo afobado.

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Nessa hora há um silêncio.

Como se ele estivesse organizando os pensamentos dele antes de falar.

E aí ele me conta o que está pensando:

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Ah meu D”s, e essa agora? Da onde ele tirou?

EU: E quem te contou isso filho?

ELE: Eu já sabia sozinho.

O que fazer? Tento explicar ou deixo ele descobrir sozinho?

No caso, deixei por isso mesmo, porque até eu conseguir organizar as minhas ideias e ensaiado uma resposta, ele já tinha se virado e voltado para seu quebra cabeça.

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Papo de criança

Essa semana recebemos um amiguinho do meu filho aqui em casa.

Nós estávamos brincando felizes, quando ele me conta entusiasmado que foi no teatro da Peppa.

EU: Que legal!! E você gostou?

AMIGO: Sim!! Tinha a Peppa e o George, e eles iam passear e blabbla

EU: Uau que demais!

E virando-me para o meu filho, pergunto

EU: Vamos, filho, no show da Peppa algum dia desses?

Mas meu filho nem me escuta.

Em vez disso, ele se vira para o amiguinho, com um olhar desafiador, e diz:

papo lego bombeiroXii… começou.

AMIGO (entrando na disputa): No show da Peppa tinha um macaco que pulava muito alto!

FILHO: E no show dos Três Porquinhos tinha um lobo mau que pulava mais alto.

AMIGO: Mas no show da Peppa o macaco pulava até o céu.

EU (tentando intervir nessa discussão sem fim): Legal meninos, os dois foram em teatros incríveis e…

Mas ninguém me escuta.

lego bombeiro

FILHO: Sabia que meu pai é muito grande e tem trinta e dois anos?

AMIGO: E o meu pai é muito MUITO grande e tem trinta e quatro anos.

FILHO: E o meu é mais alto que o céu.

AMIGO: O meu é mais alto que a nuvem!!!!

Preocupada, resolvo dar um basta na disputa sugerindo outras brincadeiras:

EU: Ok turminha, vamos brincar de lego? De playmobil? O que vocês querem fazer de legal?

O que eu não devia ter feito, pois só trouxe ideias para uma nova briga.

lego africa

Aí temos uma pausa. Em que os dois se olham fixamente. E então:

AMIGO: Ah, deixa eu ver o de bombeiro?

FILHO: Tá bom! Vem comigo!

E os dois saem, felizes da vida, brincar com o lego do Bombeiro.

Como se nada tivesse acontecido.

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Moral da história e aprendizado do dia:

Não se meta em discussão de criança. Porque não fazem o MENOR SENTIDO e você vai se estressar mais do que eles.

Como já dizia o ditado francês (ou sei lá em qual língua) “O juíz das crianças se enforcou”.

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Surpresas no banho

Todo bebê faz cocô no banho. Se o seu filho não fez ainda, algum dia ele fatalmente vai fazer.

Ou não. Mas aí você tem que ser muito sortuda (o).

Em geral é assim que acontece (com os bebês recém nascidos ou de poucos meses):

Você já deixou a água preparada na temperatura correta, a troca de roupa, a fralda, o creme de bumbum, a toalha. Aí você coloca seu bebê na banheira e é só alegria. Ele tá curtindo o banho, você tá curtindo o momento relaxante com seu filho. Beleza.

Quando de repente, sem aviso prévio:

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Apesar do drama, não é fim do mundo.

Parece. Mas não é.

Tira o bebê – e põe ele aonde, meu Ds do céu? Na pia? Na privada? No chão?? – joga a água fora. Limpa a banheira. Enche de novo.

Se tiver alguém em casa pra te ajudar, melhor. Senão, tem que se virar nos trinta mesmo.

Que mãe nunca, né?

Bom, aí eles crescem. Chega uma idade em que eles ainda não tiraram a fralda, mas já entendem alguma coisa…

E foi num belo dia, poucos meses antes de meu filho completar dois anos, que ele estava tomando banho e eu sentada no chão ao seu lado, papeando no telefone, quando de repente ele começa a gritar, empolgadíssimo:

FILHO: Olha mãe! Tem massinha aqui!!

EU (meio no telefone meio ouvindo ele): Legal filho, legal. Massinha.

Aí me dou conta de que tem um brinquedo estranho nesse banho. Um brinquedo que eu não conhecia…

Adivinha o que era?

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Ele ficou me olhando com seus olhinhos arregalados, sem entender. Tadinho…

Bom. Alguns anos se passaram… Minha filha nasceu. Minha experiência como mãe aumentou. Aprendi a lidar melhor com situações de crise. Um cocô no banho deixou de ser um bicho papão.

E, como já era de se esperar, chegou o grande dia da minha filha escapar no banho. Afinal, todo mundo tem sua vez, né? Mas agora, tínhamos um agravante: a ilustre presença do seu irmão mais velho na banheira (porque eles tomam banho juntos).

Aparentemente ele achou a situação engraçada.

Pois enquanto eu, super mega ágil, tentava contornar a situação…

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Realmente… hilário.

Aí é o mesmo procedimento: Tira um do banho. Tira o outro. (Reza pra acontecer no verão pra ninguém pegar uma gripe. Também reza pra a sua filha não estar com diarreia). Limpa a dita cuja. Tira a água da banheira. Limpa a banheira. E por aí vai…

E ri junto. Porque rir é o melhor remédio.

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Entre tapas e beijos

Irmãos. Uma relação intensa e complexa… por um lado se amam. Por outro, se provocam o dia inteiro. Sentem ciúmes…

Tem muita coisa pra se falar sobre relacionamento de irmãos: O amor e companheirismo. As risadas a dois. As brincadeiras fofas. A cumplicidade. O carinho.

Mas hoje vou focar em outro tema: as incansáveis disputas por brinquedos.

Porque são incansáveis mesmo. Diárias. Na verdade, ocorrem várias vezes ao dia.

Vamos começar do início:

Logo que minha filha nasceu, eu ainda não tinha nenhum problema nesse quesito…

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Ela era pequena e ficava quietinha no carrinho, admirando seu móbile. Olhando pro teto. Se distraindo com o mundo ao seu redor.

Aí, o tempo passou. Ela começou a sentar, e depois a se movimentar um pouco, devagarzinho, sem muita coordenação.

Não demorou para ela começar a engatinhar.

E foi então que as verdadeiras brigas começaram. Afinal, ela passou a se mover de forma coordenada e ir justamente em direção aos brinquedos que ele estava usando

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O que acabou se tornando o passatempo favorito dela.

No começo, meu filho me chamava para resolver a situação. Na verdade ele gritava. Gritava tanto que parecia que era o Godzilla se aproximando dele, e não um bebê de 8 meses.

A gente tinha o seguinte “combinado”: se ela atrapalhasse a brincadeira dele, ele tinha que me chamar. Não podia empurrar ela. Não podia bater nela. Não podia arrancar os brinquedos da mão dela.

 

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Eu mereço…

E então, devido a minha falta de eficiência em ser rápida o suficiente, em pouco tempo ele desistiu de me chamar e começou a agir por conta própria:

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Ela, por sua vez, rapidamente aprendeu a revidar.

Então hoje, no auge de seus 4 anos e 1 ano e meio, eles brigam de igual pra igual. Até porque ele também adora “atrapalhar” as brincadeiras dela.

Não é uma briga violenta… na verdade é quase amistosa…

Pensando bem, isso é o que eles mais fazem durante o dia: brigar e disputar pelos brinquedos. Eles gostam mais de fazer isso do que propriamente brincar.

Deve ser um código de irmãos sabe? Tipo “Oba!! Vamos brigar por brinquedos e deixar nossa mãe doida!! Yeeey!!“.

Eu imagino que quando eu não estou olhando eles até combinam secretamente as próximas disputas…

Será?

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Hora de Jantar

Lembro de quando meu filho começou a comer sopinhas e papinhas, quando tinha apenas meses. Era tudo uma beleza!

A gente dava batata, ele comia. Dava abobrinha, ele comia. Cenoura? Xuxu? Ervilha? Mandioca? Comia. Abóbora? Chuchu? Espinafre? Beterraba? Comia, feliz. Comia de tudo.

Lembro que eu pensava “que sortuda que sou! Meu filho é tão fácil pra comer!”

Hoje, 4 anos depois, a vida não anda tão fácil assim.

Não sei quando foi que isso aconteceu, mas hoje ele é muito seletivo pra comida. Por exemplo, faz mais de seis meses que ele decidiu que não come feijão. Não adianta, não come.

Legumes? Só batata. A cenoura só se for crua e bem raladinha. Saladas tipo pepino, tomate, milho, palmito, ele até que come bem. Mas com muita paciência e criatividade. Ultimamente só tem comido se for com prato de carinha.

Haja criatividade pra fazer prato de carinha TODOS os dias.

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Dá trabalho, mas funciona.

Outras técnicas que funcionaram bem comigo:

Técnica “aviãozinho”

Clássica. Dispensa comentários.

Aqui em casa começou com o vrum vrum básico. Eu fazendo movimentos rebuscados com a colher, indo pra cima e pra baixo. Aquela coisa toda.

Mas depois de anos de vrum vrum, o nosso aviãozinho já se tornou mais elaborado:

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Com direito a voz de aeromoça, sons de campainha e tudo.

Técnica “Não deixa o passarinho comer”

Uma vez contei pra meus filhos que existe um passarinho que gosta de comer toda a comida das crianças, então eles tem que comer logo pro passarinho não pegar.

Então eu deixo uma colherzinha preparada no prato dele, dizendo:

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Gargalhadas e colheradas garantidas!!!

Técnica “Adivinha o que eu vou pôr na sua colher

Digamos que você tenha colocado 5 alimentos no prato do seu filho. Arroz, lentilha, carne, batata e tomate.

Então essa tática consiste em fazer diferentes combinações para ele adivinhar o que está comendo.

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Faz tempo que não faço, mas ele adora.

Tática “Liga o dane-se e seja feliz”

Essa é para os dias que eles não estão afim de comer nada, e que eu já cansei de fazer malabarismos dramatizações e cambalhotas pra eles comerem.

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Afinal, ninguém vai morrer de fome.

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Bolinha de sabão

Você já brincou de bolinha de sabão? É uma daquelas brincadeiras BBB, Boa Bonita e Barata. Porque é o tipo de brinquedo bem simples, que faz um SUPER efeito. Sopre bolinhas de sabão pra você ver: as crianças vão à loucura.

O único problema é que aqui em casa essa brincadeira dura pouquíssimo tempo. Vou explicar por quê.

Eu abro o potinho de bolinha de sabão e chamo as crianças pra brincar. Eles vem correndo, empolgados.

Assopro, e as crianças correm atrás das bolinhas, felizes e saltitantes. Mais ou menos assim:

Bolha de sabão

Tudo lindo!!

Aí meu filho pede para assoprar, e eu deixo. Seguro a tampa com o canudo e ele sopra bonitinho.

Saem bolas coloridas.

Então chega a vez da minha filha, que viu que o irmão assoprou e também quer assoprar.

Mas ela não entende que tem que SOLTAR o ar. Não. Ela confunde o bocal com um pirulito.

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Limpo a boca dela. Ela chora um pouco, mas passa logo.

Aí eu volto a assoprar bolinhas coloridas e transparentes. E tudo volta a ficar bem.

Até que…

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Ele quer assoprar e segurar sozinho.

EU: Ta bom, mas cuidado pra não virar tudo no chão, tá???

ELE: Tá bom mãe, eu já sou grande.

Ele sopra algumas vezes, feliz.

Mas ele tem quatro anos. Então é um pouco difícil concentrar em soprar no bocal, olhar as bolinhas, e cuidar para o tubo que está na outra mão não virar.

Então em questão de segundos, eis o que acontece:

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Cai TODA a solução no chão.

E assim acaba a brincadeira da bolinha de sabão aqui em casa.

Sempre de repente. E sempre com duas crianças olhando para o tubinho vazio com cara de interrogação.

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EU: ai gente, agora acabou. Quem quer brincar de massinha?

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PS: é SOPRAR ou ASSOPRAR?

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Volta às aulas

Férias é bom. Férias é demais. Dá pra brincar, dá pra acordar mais tarde, viajar, passear, fazer bagunça…

Mas não sobra muito tempo para o resto. Sabe por quê? Porque a energia das crianças é uma coisa fora do sério, gente.

Nossos dias nessas férias eram mais ou menos assim:

Praia…

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Piscina…

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Artes em casa…

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Parquinho…

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Sorvete…

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Passeio…

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Então no fim do dia eu estava assim:

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Foi por isso que eu fiquei tantos dias sem escrever por aqui.

Mas isso vai mudar. Porque hoje é um dia especial: hoje meus filhos voltaram às aulas!

Eba, viva a escola!!

Viva o ano letivo!!

Viva a rotina!!

Bom início de ano a todos. =)