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Palavra mágica

Em tempos de Mickey Mouse Club House…

FILHA: Mamãe, to com fome. Tem chocolate?

(Pois é, ela já nasceu com necessidade de chocolate e tudo. Bem menina mesmo..)

EU: Tem maçã cortada, serve?

FILHA: Tá bom, então eu quero maçã cortada

EU: Qual é a palavra mágica??

miska muska

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PS: Pra quem não sabe o que isso significa, ou nunca assistiu Mickey Mouse Club House.
PS2: eu estava me referindo à magia do Por Favor.

https://youtu.be/JTjPEss5ehM

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Sobre Meninos e Meninas

Faz uns dois anos meu filho ganhou de presente um carrinho de controle remoto, super legal.

O diferencial deste carrinho, é que ele fica preso ao seu controle por um fio de mais ou menos um metro e meio de comprimento, para o carro não “se perder”. Já viram um desse estilo? (Achei bem prático esse fio, assim pelo menos os dois estão sempre guardados juntos)

Pois bem.

Semana passada as crianças encontraram este carrinho há séculos perdido no armário de brinquedos (também conhecido como armário das coisas perdidas e nunca mais encontradas… você deve ter um desses em casa, não?)

Meu filho ficou excitadíssimo, é lógico. Passou a tarde brincando. Mais ou menos assim:

meninos meninas

Altas velocidades, manobras, e algumas batidas pelos móveis da casa…

E então, mais tarde, depois do irmão cansar da brincadeira, minha filha encontrou o tal do carrinho e resolveu brincar também.

Mais ou menos assim:

meninos meninas 2

 

Como é que é?

Desfilando delicadamente com o seu auau e sua bolsinha a tiracolo.

Pois é… meninas serão sempre meninas.

E meninos serão sempre meninos.

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Gostaria de enfatizar que minha filha tem um cachorrinho de pelúcia rosa, preso por uma coleira de coração, que ela poderia ter levado pra passear pela casa. Mas por algum motivo que foge da minha compreensão, ela quis brincar com o carrinho… 

Vai entender…  

PS: Este texto não tem como objetivo estimular uma discussão sobre o movimento feminista ou as inúmeras vitoriosas conquistas das mulheres nas últimas décadas. Apenas apontar uma diferença natural de comportamento entre os gêneros, sutil porém significativa. Obrigada. De nada. Beijos. Paz. Luz. =)

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Regras

Toda casa tem suas regras.

Algumas são firmes, outras mais flexíveis.

Desde “Não pode dormir sem tomar banho” até “não pode comer no quarto” ou “Terça feira é dia de cortar a unha”.

O engraçado é que as crianças vão crescendo e as regras que eram vitais começam a perder o sentido e sair de cena para dar espaço a regras novas.

Filhos fazem isso com nosso lar.

Por exemplo, aqui em casa antigamente a gente não podia passar de sapatos na frente do quarto das crianças de noite, porque senão eles acordavam. Era motivo de grande discussão entre eu e meu marido, mas no final ele acatou a regra – tira o sapato e passa (coisa de mãe paranóica).

Era uma situação meio ninja, tipo..

REGRAS 1

Hoje em dia eu posso passar o aspirador na frente do quarto deles que eles continuarão profundamente adormecidos.

Ou seja, a regra do tira-o-sapato-na-frente-do-quarto caiu.

Dizem que para as crianças as regras são muito importantes. Tem gente que discorda, sei que existem linhas de maternidade mais liberais (pelo menos já li a respeito).

Mas por aqui temos a rotina, e uma porção de regras. Exemplo:

regras 2
Enfim. Essas são apenas algumas.

E esta tarde, meu filho criou uma regra nova.

Minha pequena de dois anos estava inconsolável porque queria ter servido a salada no prato dela sozinha, e eu já havia servido. Obviamente essa situação para uma criança de dois anos é considerada algo próximo do fim do mundo.

Então ela chorava e se debatia no chão, e ninguém sabia o que fazer.

Eis que meu filho, preocupado, diz:

FILHO: Mãe tenho uma nova regra pra nossa casa

EU: Qual filho?

regras 2

(L)

Eles se batem, reclamam um do outro o dia inteiro, as brincadeiras acabam em choro… Mas no fundo se importam (muito) um com o outro.

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PS: É claro que não vou acatar essa regra nova da casa.

PS2: Ela logo parou de chorar, depois de eu convidá-la para servir salada no prato do irmão.

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Escolhas

Aqui ultimamente temos utilizado um método muito eficaz quando temos uma decisão difícil para ser tomada. Se chama Uni Duni Tê, acho que todo mundo conhece né?

Minha filha de dois anos usa para tudo.

“que Shampoo você vai querer usar hoje, o amarelo ou o verde?”

“Você quer comer maçã ou melancia?”

“Que livrinho você quer ler hoje?”

Então ontem eu estava vestindo ela pela manhã e perguntei qual das duas blusinhas ela iria querer usar:

uni duni

Como sempre, uma decisão difícil.

uni duni 2

E lá vamos nós, estendendo o braço gorducho e apontando de uma blusinha para a outra…

uni duni 3

o – sor – ve – te  –  co – lo – ri – do …..

uni duni 4

Aí ela para de mexer o bracinho de um lado para o outro e pensa concentradamente.

E finalmente:

uni duni 5

Uma escolha cem por cento neutra e imparcial.

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Porque eles sempre pegam a gente no flagra..

Era um fim de tarde comum. Quase hora do jantar. Eles estavam brincando na sala e eu estava num momento DAQUELES… precisando de açúcar. (Como já falei nesse post, as vezes as mães precisam de doce. Na verdade todo mundo precisa, mas mães tem necessidades especiais.)

Então, muito discretamente me levantei e, me certificando de que os dois estavam bem distraídos com seus carros e bloquinhos, saí de fininho pra cozinha.

Abri o armário, peguei o chocolate (que fica na prateleira mais alta, bem escondido e fora do alcance de pessoas com menos de um metro e meio).

Me certifico que ninguém vai aparecer.

CHOCOLATE 2

Consigo ouvir eles brincando na sala. Meu filho faz barulhos estranhos de carro e minha filha parece estar imitando ele. Ela adora imitar ele. Fofa.

Parece que estou a salvo!!

Mas… foi só encostar o doce na boca

choc 3
Doce ilusão.

Acho que vai ficar pra próxima.

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Do berço para a cama?

Primeiro filho a gente faz tudo como manda o figurino, certo?

Então na hora de trocar para a cama eu pesquisei bastante o assunto, peguei dicas com amigas, livros e blogs. Preparei meu filho psicologicamente, contei para ele a história do menino-que-cresceu-e-ganhou-uma-cama.

Montei a mini cama no quarto dele, comprei lindos lençois de ursinho, de bola, de bicicleta… Arrumamos juntos a caminha, com os bichinhos de pelúcia que iriam dormir lá com ele, etc…

minicama 1

Foi uma transição pacífica e tranquila. Um processo que durou semanas.

Segundo filho:

Um belo dia minha filha começou a se jogar do berço. Escalou com agilidade e pulou para o chão. Caiu de gatinho.

O irmão morreu de rir.

Ela, consequentemente, morreu de rir.

E eu morri de preocupação.

MINICAMA2

Mas não adiantava explicar que não se pode pular do berço. Se o irmão-mais-velho-ídolo riu, por que ela pararia de se jogar, oras? Foi tão divertido!!!

No mesmo instante percebi que ela teria que se mudar para a cama. Era o triste e acelerado fim do berço na minha casa.

Em minutos, arrumei com os lençóis de menino a minicama que esteva escanteada no quarto. Depois decorei com duas bonecas que estavam por ali. E voilá: a transição da minha filha para a cama.

Rápida e sem muito preparo, tadinha…

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Como todos os bebês, ela logo percebeu que agora  tinha o poder de se levantar sozinha e sair do quarto.

E era isso que fazia, toda santa noite: se levantava e fugia. Morrendo de rir. Se sentindo o máximo!!

A farra durou uns quinze dias, para o desespero da família.

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Foram dias enlouquecedores….

E quando ninguém mais tinha esperanças de que ela ia aprender a dormir na cama….. ela aprendeu!! Yaaayyy!!!!

Como já dizia algum desses nossos poetas brasileiros, “no fim, tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim”. =)

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Confesso que exigiu muito trabalho e disciplina por parte de nós, pais. E que em determinado momento não via mais a luz no fim do túnel. Até cogitei voltar ela pro berço… 

Mas aí aconteceu!!  Quase chorei de emoção!!

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Como é sair de casa

Às vezes a gente sai de casa. Sabe? Pra passear, ou ir pra escola, para o supermercado… Enfim.

O negócio é que… o processo todo, desde o “vamos sair de casa??” até sairmos de fato, demora.

Quem tem filho, sabe.

Primeiro a gente se certifica que está todo mundo vestido, limpo, alimentado, com sapato no pé.

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Aí eu preparo a bolsa com coisas que podem ser úteis para eles. No meu caso, são coisas tipo fralda, lenço umedecido, água (vai que eles tem sede?), lanche (vai que eles ficam com fome?), casacos (porque esse clima de São Paulo ninguém merece), chupeta (salva vidas para hora do aperto).

Eu sei que fico andando pela casa feito barata tonta.

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Aí eu preparo a MINHA bolsa né? Porque mãe também merece. Celular? Check. Carteira? Check. Chiclete? Gloss? Lixa de unha? Enfim, cada mãe com sua loucura.

Nisso meus filhos já se sujaram (com lapis de cor, com água, com massinha, com lego.. com seja lá o que eles estão brincando. É uma capacidade impressionante que eles têm de se sujar.)

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Ok, troca a blusa. Sem stress.

Finalmente, tudo em mãos, chega o momento “se-eu-não-sair-já-eu-não-saio-mais”. Consiste em eu parar na frente porta de entrada da casa e berrar “CRIANÇAS TO NO ELEVADOOOOR. ELEVADOOOOR, VAMOS DESCER”.

Nessa hora eles até que ajudam. Vêm correndo, bonitinhos.

Entramos no elevador, descemos.

E é lógico que assim que chegamos na garagem, meu filho…

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Ai ai ai..

Mas aprendi a ter fé.. muita fé. No fim das contas, a gente sai de casa todo dia!! =D

E por aí? Também é uma novela pra sair de casa?

 

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Supermercado

Ir ao supermercado com as crianças é quase como ir ao parque de diversões: Tem gente bacana. Tem “carrinho que bate bate”. E principalmente, tem comida.

Eles chegam naquela animação, os dois correndo pro carrinho, ansiosos para ajudar a mãe.

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Nos primeiros 15 minutos minha filha fica sentadinha no lugar de criança. Ela faz questão de me ajudar, arremessando colocando todos os itens que eu seleciono dentro do carrinho.

Meu filho, por sua vez, quer me “ajudar” a selecionar o que vamos comprar…

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Quem PRECISA de batata pringles?

Enquanto caminhamos pelos corredores, ele vai pegando coisas que nem sabe o que é. Basta ter uma embalagem bonita.

Mas não dá pra ficar comprando pasta americana e fermento em pó toda semana né? Então a maioria dessas coisas “inúteis” eu consigo disfarçadamente retirar do carrinho e devolver nas prateleiras. Mas preciso ser discreta, pois se ele vê, fica ofendido.

SUPERM 1

Nisso, minha filha cansou do carrinho. Quer ir para o chão.

O problema é que com os dois no chão, o programa se torna muito mais complicado. Cada um vai para um lado!!

Ela adora a sessão dos congelados, ele já prefere a de doces.

 

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No final do passeio, eles começam a reclamar.

Focada em terminar as compras, eu dou pra cada um deles um pacotinho de sucrilhos. Dependendo da gravidade da situação dou até um pirulito.

Por fim, a hora do caixa.

Também conhecida como A Hora Das Perguntas Sem Fim.

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Ainda bem que eles são adoráveis…

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PS: preciso confessar que as vezes ele traz boas ideias de comidas e ingredientes para fazer em casa.

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Surpresas no banho

Todo bebê faz cocô no banho. Se o seu filho não fez ainda, algum dia ele fatalmente vai fazer.

Ou não. Mas aí você tem que ser muito sortuda (o).

Em geral é assim que acontece (com os bebês recém nascidos ou de poucos meses):

Você já deixou a água preparada na temperatura correta, a troca de roupa, a fralda, o creme de bumbum, a toalha. Aí você coloca seu bebê na banheira e é só alegria. Ele tá curtindo o banho, você tá curtindo o momento relaxante com seu filho. Beleza.

Quando de repente, sem aviso prévio:

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Apesar do drama, não é fim do mundo.

Parece. Mas não é.

Tira o bebê – e põe ele aonde, meu Ds do céu? Na pia? Na privada? No chão?? – joga a água fora. Limpa a banheira. Enche de novo.

Se tiver alguém em casa pra te ajudar, melhor. Senão, tem que se virar nos trinta mesmo.

Que mãe nunca, né?

Bom, aí eles crescem. Chega uma idade em que eles ainda não tiraram a fralda, mas já entendem alguma coisa…

E foi num belo dia, poucos meses antes de meu filho completar dois anos, que ele estava tomando banho e eu sentada no chão ao seu lado, papeando no telefone, quando de repente ele começa a gritar, empolgadíssimo:

FILHO: Olha mãe! Tem massinha aqui!!

EU (meio no telefone meio ouvindo ele): Legal filho, legal. Massinha.

Aí me dou conta de que tem um brinquedo estranho nesse banho. Um brinquedo que eu não conhecia…

Adivinha o que era?

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Ele ficou me olhando com seus olhinhos arregalados, sem entender. Tadinho…

Bom. Alguns anos se passaram… Minha filha nasceu. Minha experiência como mãe aumentou. Aprendi a lidar melhor com situações de crise. Um cocô no banho deixou de ser um bicho papão.

E, como já era de se esperar, chegou o grande dia da minha filha escapar no banho. Afinal, todo mundo tem sua vez, né? Mas agora, tínhamos um agravante: a ilustre presença do seu irmão mais velho na banheira (porque eles tomam banho juntos).

Aparentemente ele achou a situação engraçada.

Pois enquanto eu, super mega ágil, tentava contornar a situação…

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Realmente… hilário.

Aí é o mesmo procedimento: Tira um do banho. Tira o outro. (Reza pra acontecer no verão pra ninguém pegar uma gripe. Também reza pra a sua filha não estar com diarreia). Limpa a dita cuja. Tira a água da banheira. Limpa a banheira. E por aí vai…

E ri junto. Porque rir é o melhor remédio.

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Entre tapas e beijos

Irmãos. Uma relação intensa e complexa… por um lado se amam. Por outro, se provocam o dia inteiro. Sentem ciúmes…

Tem muita coisa pra se falar sobre relacionamento de irmãos: O amor e companheirismo. As risadas a dois. As brincadeiras fofas. A cumplicidade. O carinho.

Mas hoje vou focar em outro tema: as incansáveis disputas por brinquedos.

Porque são incansáveis mesmo. Diárias. Na verdade, ocorrem várias vezes ao dia.

Vamos começar do início:

Logo que minha filha nasceu, eu ainda não tinha nenhum problema nesse quesito…

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Ela era pequena e ficava quietinha no carrinho, admirando seu móbile. Olhando pro teto. Se distraindo com o mundo ao seu redor.

Aí, o tempo passou. Ela começou a sentar, e depois a se movimentar um pouco, devagarzinho, sem muita coordenação.

Não demorou para ela começar a engatinhar.

E foi então que as verdadeiras brigas começaram. Afinal, ela passou a se mover de forma coordenada e ir justamente em direção aos brinquedos que ele estava usando

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O que acabou se tornando o passatempo favorito dela.

No começo, meu filho me chamava para resolver a situação. Na verdade ele gritava. Gritava tanto que parecia que era o Godzilla se aproximando dele, e não um bebê de 8 meses.

A gente tinha o seguinte “combinado”: se ela atrapalhasse a brincadeira dele, ele tinha que me chamar. Não podia empurrar ela. Não podia bater nela. Não podia arrancar os brinquedos da mão dela.

 

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Eu mereço…

E então, devido a minha falta de eficiência em ser rápida o suficiente, em pouco tempo ele desistiu de me chamar e começou a agir por conta própria:

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Ela, por sua vez, rapidamente aprendeu a revidar.

Então hoje, no auge de seus 4 anos e 1 ano e meio, eles brigam de igual pra igual. Até porque ele também adora “atrapalhar” as brincadeiras dela.

Não é uma briga violenta… na verdade é quase amistosa…

Pensando bem, isso é o que eles mais fazem durante o dia: brigar e disputar pelos brinquedos. Eles gostam mais de fazer isso do que propriamente brincar.

Deve ser um código de irmãos sabe? Tipo “Oba!! Vamos brigar por brinquedos e deixar nossa mãe doida!! Yeeey!!“.

Eu imagino que quando eu não estou olhando eles até combinam secretamente as próximas disputas…

Será?